O retorno de um amigo é realmente um retorno. É uma volta ao exato momento em que nós o vemos pela última vez, independente do tempo e da distância que até ontem impediam as cervejinhas dos finais de semana.
O retorno de um amigo é pertencer novamente. Pertencer a um universo familiar, seguro, confortável. E nada melhor do que perceber que o seu olhar, ao cruzar com o dele, ainda consegue trocar idéias como que por telepatia.
É rir de piadas que fizeram falta, já que nada tinham de engraçadas aos olhos dos outros. É lembrar das situações mais horríveis e traumáticas (“lembra aquela vez que seu pai estava bêbado e brigou na frente de todo mundo”, recorda o amigo) e dar risada até a barriga doer.
É se sentir à vontade para falar a verdade. Sem pensar duas vezes, você sabe que pode abrir o coração e despejar de lá de dentro as histórias mais cabeludas que aconteceram nos últimos meses. Nada de culpa, medo ou vergonha.
É estar quieta e sentir um soco no rim, seguido de uma risada irritantemente provocadora. E é feliz de ter recebido esse soco, a mais verdadeira demonstração de carinho que o amigo pode dar. (Você que o conhece bem sabe que um beijo para ele não é nada, mas um soco no rim significa eu realmente gosto da sua companhia)
É poder sair de casa se sentindo em casa, porque com o amigo todo lugar é aconchegante como a churrasqueira de traz da casa da praia do avô.
É estar viva de novo. É estar feliz por estar viva.
*para Heitor, Core, Torto, Toi
(Que bom que você está aqui!)
domingo, 4 de novembro de 2007
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