Eu amo o meu Fusca. Amo com um amor inexplicável, inconfundível. Antigamente, um amor perturbador. Cada vez que o carro inventava de empacar em uma rua ou ladeira, tirava o meu sono, a minha calma. Agora sinto um amor tranqüilo, sereno, prazeroso.
Não ando mais com meu Fusca pela rua. O deixo na garagem por vários motivos. Da primeira vez, confesso, estava cansada de tentar arrumar o motor do carro. Mas ontem, depois de uma tarde ensolarada no parque, vi as coisas de outra forma.
Descobri que o deixo na garagem porque é muito precioso, uma verdadeira relíquia. O deixo lá porque sei que é o único carro cujo assento encaixa perfeitamente no meu bumbum. O deixo lá porque sei que se quebrasse na rua, jamais me recuperaria da perda.
Prefiro andar com ele de vez em quando, em ruas calmas e bem asfaltadas. Polir sua lataria com a melhor cera e com os mais belos elogios, para que nos dias em que a gente saia junto seja tudo perfeito. Tenho certeza que se conservar o meu Fusca, iremos passear juntos para sempre.
Ele até pode deixar de ser o carro que me acompanha todos os dias, mas jamais deixará de ser o carro que mais marcou meu coração. Ele pode deixar de ser o carro para quem eu guardo meus beijos e carinhos, mas jamais deixará de ser o carro em quem eu confio nos momentos difíceis.
Como ontem à tarde, quando cansada de andar rápido e por estradas cheias de buraco o tirei da garagem e o levei ao parque.
segunda-feira, 12 de novembro de 2007
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Um comentário:
foram dois dias, mas porque li pouco cada dia.
e... terminei agora pouco de ler o seu blog,
Show de bola, nada daqueles comentários chatos, relatos, ou qualquer coisa que o valha. Aqui dá pra fugir um pouco de tanta opinião que rola hj por aí.
bj
Bruno
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