Eu admiro os homens. Admiro esse gênero da humanidade mais do que tudo. Não, na verdade não admiro. Vou mais longe: sinto inveja.
Invejo a capacidade que tem de ficar horas conversando com os amigos sem dizer nada de útil. Estão certo, nem tudo na vida tem que ter uma utilidade. (Caso contrário, como explicaríamos a existência de algumas pessoas nesse mundo?)
Invejo a habilidade com que fazem piadas a respeito dos assuntos mais sérios dessa vida. Um exemplar do gênero, ao conversar com os amigos sobre uma das brigas que teve com a esposa, resumiu tudo em uma pequena anedota. “Quando ela começou a dizer que não dava mais para continuarmos casados, olhei bem nos olhos dela e falei: ‘tudo bem’. Peguei as duas malas que estavam dentro do armário embutido, coloquei-as em cima da cama e a enchi de roupas. As roupas dela, lógico. Ela tava louca se achou que eu é que ia sair”, contou, em meio a intermináveis gargalhadas.
Invejo o jeito leve e simples com que encaram desde o problema mais rotineiro até o maior dilema de todos. Não são como as mulheres, que se prendem em pequenos detalhes inexistentes e se tornam incapazes de entender o raciocínio mais lógico e infalível de todos: ou é, ou não é.
Invejo também a maneira exata como suas vontades e desejos funcionam. Eles não misturam sexo com sentimento. (No que fazem muito bem, diga-se de passagem). Para esse gênero da espécie humana, amor é sentimento e sexo é prazer. E é dessa forma que arranjam seus relacionamentos. Não se desgastam pensando: “o que será que significa o sexo de ontem”. Segundo a lógica dos homens, sexo não tem significado. Sexo é sexo, ponto.
Mas acima de tudo invejo a maneira sincera com que se entregam à vida. Se querem beber, bebem. Se querem comer, comem. Se querem sexo, fazem sexo. Se querem namorar, namoram. E não ficam se enganando ou arranjando desculpas para as atitudes que tomaram. Se alguém fizer a mais infame das perguntas, têm a resposta na ponta da língua. Dizem: “porque eu quis”.
Daqui em diante, serei um homem. Um homem de voz fina, unhas pintadas, brincos de borboleta, anel de brilhante no dedo da mão direita e sapatinho de boneca vermelho. E sabe por quê? Porque eu quero!
domingo, 28 de outubro de 2007
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4 comentários:
Cecilia Crema Pimenta!
Estou impressionado..nao, nao por vc ter decidido se tornar homem, longe disso. Este blog estah de altiiiiisssimo nivel! Nossa! Parabens, viu? Estah escrevendo muuito bem, cecra! Excelente! =)
Serei frequentador assiduo deste lugar, asseguro-lhe.
Um beijao! Thiago Stuchi
Olha cê meu parabéns em , fico irado o texto , vou entrar aqui sempre , pq só assim pra gente nãop fica tanto tempo sem se falar né e eu quero da um abraço em vc .
Vc me deixou com muitasss saudades das nossas conversas e das nossas risadas , gosto muito de ti viu
bjus vy
Parabéns pelo Blog menina, tá ótimo!
Rodrigo Choinski
reveja os amigos que você tem, antes só do que mau acompanhada...
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