quinta-feira, 10 de julho de 2008

O que toda mulher (esperta) deve saber

Curso em cinco módulos, para você que sabe o que quere da vida.

Módulo 1 – Nem toda menina quer boneca
Nesse módulo, deixe para trás todos os traumas causados pelas mães e tias que a obrigavam a brincar com bonecas idiotas enquanto os meninos se aventuravam pelas ruas, montados em suas turbinadas bicicletas Caloi.
Método: sessões de hipnose seguidas por confecção de bonecas (de vodu). Segundo especialistas, o reencontro com os símbolos dos traumas (as bonecas) é a melhor maneira de buscar uma catarse psicológica.

Módulo 2 - Peitos, para que os quero?
Entenda porque peitos não são tão importantes assim.
Método: análise de comportamento masculino em seu ambiente natural: o boteco da esquina. Na pesquisa de campo será validada a premissa “todo homem quer mesmo é saber do que está abaixo da linha do equador”.

Módulo 3 – Inteligente sim, chata jamais
Nessa etapa, aprenda a importância de demonstrar a sua inteligência sem parecer chata.
Método: Trabalhos em duplas, onde a inteligente aprende a conversar com alguém menos favorecido intelectualmente sem esboçar irritação ou aquela cara blasé típica dos que possuem cérebros afortunados.

Módulo 4 – Se ele é um babaca, mostre uma banana
Depois de entender a sua infância, o seu corpo e a sua mente, está na hora de entender o sexo oposto. Tarefa impossível? Claro que não. Nesse módulo você saberá como identificar um babaca e também como se livrar dele.
Método: Estudo aprofundado da mente masculina com base nos estudos de Freud, cujas teorias se baseiam na verdade mais absoluta de todas: homem com pinto pequeno é uma merda na cama e ainda é um babaca na sociedade.

Módulo 5 – Arrependimento – palavra que não vai mais existir
Última etapa do curso, tem como objetivo marcar o início de uma vida. É hora de deixar para trás todas as mágoas e problemas do passado e pisar fundo no acelerador rumo ao brilhante futuro que a aguarda. E sem levar no bagageiro lembranças ou fantasmas.

terça-feira, 1 de julho de 2008

Pague para mim

Amelie tinha o namorado perfeito. Perfeição não existe, ela sabe disso. Mas em se tratando do Mr. Small, ela não tinha como pensar diferente. Tinha, verbo ter conjugado no passado. Porque depois da noite de quinta-feira, ela tem. E como tem.

Num acesso de sinceridade, o ex-namorado ex-perfeito contou que durante os três anos de namoro traiu a amada em diversas ocasiões. “Mas muitas vezes?”, perguntou nossa protagonista, em meio a lágrimas. “Sim”, disse o infeliz.

Incapaz de manter o pênis dentro da calça, ele tratou de traçar várias caipiras sempre que pôde. Mas até aí, compreensível. Ele é homem. E todo homem é idiota quando o assunto é sexo. O pior ainda estava por vir.

Depois de ouvir os relatos das ocasiões em que o digníssimo delicadamente enfeitou sua cabeça com um adereço nada fashion (um belo par de chifres), ela fez uma última pergunta. “Só essas vezes?”, questionou. Com medo da resposta, fechou os olhos um pouco antes de ouvir o que segundos depois a deixaria revoltada. “Não, teve também outra vez em que trepei com uma puta”, respondeu o safado.

“Mas eu não entendo”, choramingou ela. Bom, Amelie, eu também não entendo. Não entendo porque ele não pagou para você o dinheiro que gastou com a puta. Tão mais fácil, mais seguro. (Vamos combinar, por melhor que seja o puteiro, o risco de contrair uma DST com uma puta é milhões de vezes maior do que ao fazer sexo com a menina de família que você conheceu virgem)

Meu futuro namorado, quando você pensar em me trair com uma meretriz, fale comigo. Eu alugo uma peruca, coloco uma bota de cano alto e te encontro na esquina da Treze de Maio com o Teatro Guaíra. Podemos até combinar um esquema de pontos no cartão-fidelidade. Teremos uma noite maravilhosa, e de quebra eu ainda faturo uns trocadinhos. Segundo uns conhecidos do ramo, eu valho uns 100 reais.