domingo, 30 de dezembro de 2007

Resoluções de ano novo

Eu sei que é muito piegas, mas não consegui resistir e decidi fazer uma lista de metas para 2008. Bem provavelmente não irei cumprir 70% das promessas. Mas vale a intenção de começar o ano com o pé direito, não vale?

Resoluções de ano novo:

1º. Parar de beber como um gambá
2º. Para de me preocupar com assuntos e pessoas pequenas
3º. Passar os cremes receitados pela dermatologista da maneira correta
4º. Usar o aparelho móvel para dormir (sim, eu tenho que usar até os 21 anos)
5º. Deixar o cabelo crescer
6º. Não cair na tentação de fazer luzes no cabelo
7º. Economizar 50% do meu salário
8º. Não ficar segurando o xixi
9º. Comer mais salada
10º. Comer mais frutas
11º. Comer menos doces e guloseimas cancerígenas
12º. Visitar mais a minha vovó Dulce
13º. Sair mais com o meu pai
14º. Sair mais com o meu irmão
15º. Continuar saindo muito com a minha mãe
16º. Ir mais à missa
17º. Ir mais ao salão (leia-se: não deixar as unhas em estado de calamidade)
18º. Dizer mais “sim”
19º. Dizer mais “não”
20º. Dizer mais “eu te amo”
21º. Aceitar as minhas limitações
E por fim,
21º. Ser muito, mas muito feliz, com tudo o que a vida me der!

quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

Maria e sua lei

“E pelas minhas leis, todo mundo é obrigado a ser feliz”. Depois de pronunciar essas últimas palavras, a princesa Maria foi coroada rainha. Como jornalista mais antigo desta província, acredito que este promete ser um reinado interessante. Isso porque, como otimista que sou, tenho certeza que esta terra será o palco da Utopia, de Thomas More.

Mas há quem diga o contrário. (Sempre há) Este quem se refere a João de Algarves, famoso sociólogo da corte que acredita que muitas pessoas se negarão a ser felizes só para não seguirem a lei.

Será que existem pessoas tão do contra assim? A Utopia de More me sustenta. Vou acreditar que as pessoas preferem ser feliz. Eu, pelo menos, prefiro.

segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

Alguns, por Saulo

Surpresa em forma de texto

Quando menos se espera, aquele colega que você vê todo dia na faculdade se revela um otimo papo. Quando menos se espera, ele vira um amigo. Mais repentinamente ainda ele oferece suas reflexões, formata-as em um texto e generosamente permite que você as coloque em seu blog.

Como ele mesmo escreveu no texto abaixo, as pessoas vivem de acordo com diferentes valores. Eu fico feliz em saber que ele consegue entender a maneira como eu levo a minha. Há uma luz no fim do tunel, finalmente!

Alguns

Dizem que a vida é pra ser vivida intensamente, cada minuto como se fosse o último. Mas por que Diabos existem alguns infelizes que se preocupam tanto com o futuro? Talvez porque sabem que a vida não começa aos 15, muito menos termina aos 25.

Quem dera se eu encarasse a vida da mesma maneira, sem me preocupar com o futuro...vivendo apenas o próximo sábado à noite. Sim, sem dúvida seria bom, maravilhoso. Mas seria eu feliz assim? Sim, pois alguns vivem dessa maneira.

Afinal, qual a melhor maneira de se viver? Formar uma família? Viver sozinho e viajar o mundo? Morar em uma praia, cuidando de um bar. Boa essa, quem sabe um dia.

Na verdade, caros amigos, a vida é uma grande de uma filha da puta: te dá milhares de opções, milhões pra ser mais sincero. Agora cabe à você, campeão, definir a que melhor se encaixa com você.

Alguns são loucos, literalmente loucos, pois nascem em determinado estado, numa determinada família, e querem conquistar o mundo. Esses, meu filho, estão ferrados. Ah, como estão! Quanto mais dificuldades para esses, melhor! São loucos, veneram a dor, a batalha, o desafio e seus limites. Caem muitas vezes, é verdade, mas se divertem também, sem dúvida.

Por vezes, alguns sonham demais. E isso, campeão, não é nada bom não. Viver do amanhã não é bom. Quando isso ocorre, chame amigos, parceiros, bebidas e mulheres. (Um bom paliativo, seu idiota!)

Alguns nascem querendo mudar o mundo, coitados, mandando o senso comum, as generalidades, as mesmas opiniões e as convenções de merdas se foderem. Você pergunta: por quê? Deve ser insano o garoto. Talvez. Quem sabe ele seja.

Alguns não querem viver a vida da mesma maneira que todos, ser apenas mais um. Alguns querem desafiar o mundo e gritar bem alto: “Não, caralho, isso não é assim. Eu não tenho que ser assim e não serei jamais, independente do que os outros pensem ou falem”.

Saulo Roberto

quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

Coisas a fazer

Eu não vou pro inferno. Eu não vou pro céu também. Mas pra ser sincero, nem quero. Meu lugar ainda é aqui na Terra. Tenho muitos assuntos a resolver.

Primeiro, vou acertar as contas com aquele vizinho filho da puta que deixa os gatos mijarem no pneu do meu carro. Depois, vou dar uma porrada na minha colega de trabalho, aquela filha da puta que tem inveja de mim e não me deixa trabalhar em paz.

Mais tarde, quem sabe uma semana depois, vou cobrar aquele cara que ficou me alugando durante a festa da semana passada. Se não fosse ele, eu teria pegado aquela gostosa que me deu mole. Vou cobrar com juros e correções monetárias as aventuras que não vivi.

Après (como diriam os franceses), vou dar uma volta por ai com meus melhores amigos. Amigos que nos momentos de revolta e perigo estiveram do meu lado. Na seqüência, passarei um tempo com a minha mãe e com meu pai – a dupla dinâmica que paradoxalmente me domina e me deixa ser a pessoa mais livre do mundo.

Minutos antes da morte, vou fazer mais uma coisa: comer um enorme sorvete de limão, cheio de cobertura de chocolate. Um sorvete sempre é uma boa desculpa para um encontro, mesmo que seja um encontro com a morte.

domingo, 2 de dezembro de 2007

Exorcismo

Um padre, pelo amor de Deus. Essa menina precisa ser exorcizada. Está com o demônio no corpo há mais de três meses e nada que pobres mortais façam pode ajudá-la.

Muitas pessoas já tentaram conversar com ela, mas nada parece resolver.

Sem maiores explicações, a possuída sai bebendo todos os copos de vinho a que tem acesso e faz muitas besteiras. Fala o que não quer, faz o que não quer. Isso nos melhores dias.

Há ocasiões em que as coisas ficam realmente feias e a nossa personagem não lembra do que fez. Amnésia alcoólica, como diriam os médicos.

Médicos esses que receitaram para ela o remédio mais eficaz. “Tomar duas pílulas de vergonha na cara, uma pela manhã e outra à noite”.

Remédio amargo, o que torna o tratamento muito penoso. Mas a nossa personagem irá tentar. Ela promete.